Doenças mais comuns na velhice

quinta-feira, 2 de junho de 2011

            Quando vai chegando na terceira idade a tendência do surgimento de doenças nos idosos é muito grande, pois o sistema imunológico nesta fase da vida, na maioria dos casos, já está debilitado. Geralmente é por volta dos 60 anos que os idosos sentem as mudanças no organismo. Começam a conviver com a diminuição da visão e da audição, alterações da memória e odontológicas, insônia entre outras características.
            De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças mais comuns nos idosos são: Doenças cardiovasculares: Infarto, Angina, Insuficiência Cardíaco; derrames; câncer; diabetes; pneumonia; enfizema e bronquite Crônica; infecção urinária; osteartrose; hipertensão; catarata e a mais comum osteoporose. Essa doença é causada pelo enfraquecimento dos ossos e nas mulheres o risco é sete vezes maior, segundo o ministério da saúde.
            Segundo a aposentada Cícera Rodrigues, 66 anos, descobrir que estava com diabetes foi um enorme choque para ela. “Faz dois anos que eu soube através de um exame de glicose, que eu estava com diabetes, o que mais dói é saber que essa doença não tem cura e que eu fico restrita a muitas comidas e não posso nem pensar em comer doces. Ainda por cima, duas vezes no dia, eu tenho que tomar insulina, foi difícil de acostumar com isso, mas são coisas da vida. Principalmente nessa idade, a gente vai ficando fraco, sem força, limitados a fazer muitas coisas e isso gera uma tristeza muito grande em mim, saber que eu não tenho condições de seguir com o mesmo ritmo de antes,” afirma.
            Há doenças que, mesmo com a prevenção, podem surgir na terceira idade principalmente às genéticas, como diabetes e osteoporose. Por isso, recomenda que os idosos façam visitas pelo menos uma vez por ano ao médico e realize exames e utilizem vacinas como forma preventiva de identificar e combater as doenças em sua fase inicial facilitando o tratamento e a proteção da saúde.
            Uma alimentação balanceada com muita proteína, carboidrato, vitaminas e menos gordura, criam imunidades fazendo com que o organismo fique longe de gripes, viroses, e outras doenças que se tornam mais frequentes nessa fase.

Assista os vídeos abaixo.

1 - Transtornos psíquiátricos

2 - Terapias para idosos
 

Vida saudável para os idosos

            A boa alimentação e o exercício físico trazem melhores condições de saúde para todos, o que proporciona mais disposição e evitar diversas doenças.  Contudo, isso se torna fundamental para pessoas da terceira idade, pois, nessa fase da vida a idade avançada contribui para vários fatores que faz com que os idosos sofram por enfraquecimentos e falta de elasticidade.
            Porém, adotando o hábito de realizar uma atividade física e uma alimentação balanceada os problemas nessa idade podem ser reduzidos e consequentemente trará boa qualidade de vida.
            A aluna da Academia da Cidade voltada para idosos, Fernanda Costa, 75 anos, faz caminhadas e outros exercícios físicos todos os dias. “Meu médico sempre me incentivou a fazer essas atividades. Faço principalmente porque gosto e porque me sinto mais disposta no dia-a-dia, apesar da minha idade eu me sinto muito mais nova e esses exercícios me fazem querer viver mais”, fala.
            Além disso, Fernanda faz uma alimentação balanceada para seguir juntamente com os exercícios. “Como frutas, legumes, peito de frango grelhado, suco, leite, iorgute, nada de massas e refrigerantes. Tenho diabete e sei da grande importância de fazer uma boa alimentação e isso vem me ajudando muito a conviver com a doença que não tem cura mas que pode ser controlada”, diz ela.
            A professora da Academia da Cidade, Clarisse Sobreira, conta que sente muito feliz em poder ajudar os idosos a fazer exercícios físicos e fica a cada dia que se passa, mais admirada com a disposição deles. “É uma honra fazer esse trabalho, eles têm muita força de vontade, nunc a reclamam de nada, eles são muito mais ativos do que muitos jovens de hoje em dia. Quero um dia chegar a essa idade e ser igual a eles”, enfatiza a professora.
            Quando o assunto é alimentação saudável, a nutricionista Mayanne Ribeiro explica que desde a infância, uma boa nutrição atua como um dos fatores protetores de doenças atuais e futuras. Assim, a fase adulta constitui um tempo ideal para tomar decisões e fazer um planejamento positivo para a saúde e para a prevenção de doenças. “Doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, certos cânceres e osteoporose, mantém forte ligação com a alimentação e o estilo de vida”, conta a nutricionista.
            Também, Mayanne que é fundamental o auxílio de um nutricionista na terceira idade. “Na atenção à pessoa idosa, a consulta ao nutricionista favorece o planejamento e a adoção de uma alimentação saudável, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional e para a qualidade de vida dessa população. Logo, o acompanhamento com o nutricionista deve ser feito idealmente como forma de prevenção”, pontuou.

Assista o vídeo abaixo. 

A importância da higiene na terceira idade

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Foto: Bruna Torres e Helen Thaíla (Lar dos Idosos Maria do Carmo) - Higiene
            Quanto menor for a capacidade funcional do idoso, mais ele vai se sentir dependente dos outros. Na maioria das vezes, ele se sente constrangido por ter que precisar de alguém que lhe dê banho, que o lembre da escovação dos dentes, da limpeza da prótese, e isso faz com que ele se desestimule e deixe muitas vezes de manter essa higienização que deve ocorrer todos os dias, ajudando na prevenção de doenças de pele, bucal e até mesmo psicológicas.
            Por causa desse desconforto, muitos familiares estão procurando a ajuda de um cuidador, que é uma pessoa que tem como compromisso cuidar da saúde, alimentação, higiene pessoal, zelar pelo bem-estar do idoso, além de ter que acompanha-lo em idas ao médico, supermecados, entre outros lugares. Lindalva Maria, cuidadora e técnica e enfermagem, trabalha nessa área há quatro anos, e fala sobre a sua profissão. “O cuidador tem que está capacitado para auxiliar o idoso que apresenta ou não limitações nas atividades da vida cotidiana e está apto a lidar com idosos independentes ou dependentes, acamados ou não”, diz.
            Segundo Lindalva, o maior problema que encontra é em relação aos banhos. “Um exemplo disso é o idoso pra qual atualmente eu estou trabalhando, já fazem seis meses e ele ainda sente vergonha na hora em que eu vou dar banho nele, por isso que muitos ficam com mau cheiro, é porque ou não gostam de tomar banho ou porque sentem vergonha em deixar alguém dar banho nele e prefere ficar assim. O que faz com que muitas pessoas se afastem deles, é o que vemos nos ônibus, ou na rua, sempre tem pessoas comentando sobre o mau cheiro de algum velhinho que está perto”, afirma ela.
            Uma boa higiene evita infecções, micoses, bactérias na pele, mau cheiro, desconforto pessoal, por isso, é ideal manter uma higienização diária: lavar os cabelos a cada quase dois e dois dias, manter sempre as unhas dos pés e das mãos bem cortadas e limpas, tomar banho no mínimo três vezes por dia, escovar os dentes e manter limpa a prótese, ter os cabelos sempre penteados. Não tomar banho diariamente e voltar a usar roupas sem lavá-las, são dois hábitos que se complementam na produção de maus cheiros do corpo, por isso, recomenda-se usar sempre roupas limpas após o banho.

Na terceira idade os cuidados aumentam

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Foto: google
            As pernas sem a mesma firmeza de antes, e a dificuldade de locomoção tornam-se um obstáculo perigoso na terceira idade. De acordo com as estatísticas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) : um em cada quatro idosos cai dentro de casa pelo menos uma vez por ano. Em 34% dos tombos ocorre algum tipo de fratura e a recuperação nessa fase da vida se torna mais difíceis.
            Como conta a aposentada Ana Maria, de 68 anos, que caiu descendo as escadas da garagem, “eu não enxerguei o último degrau e cai em cima do meu braço, fraturei o meu braço esquerdo e já faz três meses que eu estou usando tipóia e ainda não consigo levantar o meu braço.”
            De acordo com o enfermeiro Tiago da Silva, que trabalha em um asilo há um ano, os cuidados com os idosos devem ser redobrados cada dia mais, “aqui no asilo nós não deixamos eles sozinhos por muito tempo, devemos sempre estar olhando o que eles estão fazendo, porque essas precauções simples evitam grandes acidentes.”
            O enfermeiro instrui aqueles que moram com idosos para que adequem a casa para eles. “O ideal é deixar espaços para eles poderem andar de um lado para o outro sem encontrar obstáculos; os tapetes tem que possuir forro antederrapantes; a mobília não deve ter rodas e a cama e as cadeiras não devem ser demasiado baixas ou altas; é extremamente necessário o uso de barras de apoio nos banheiros, nos corredores, nos cômodos; tem que se utilizar tapetes de borracha antiderrapante no choveiro; e deixar a casa sempre bem iluminada;” explica.
            Atualmente as famílias que tem idosos, estão procurando contratar os serviços de um cuidador, para prestar mais assistência as necessidades deles. A venderora Fátima Alcoforado, que trabalha durante todo o dia achou por bem contratar um cuidador para não deixar o seu pai de 70 anos sozinho em casa, “agora eu posso ir trabalhar mais sossegada, porque eu sei que tem alguém cuidando do meu pai, prevenindo acidentes, quedas, alimentando ele e dando os seus remédios na hora certa,” afirma a vendedora.
            Ainda de acordo com a SBOT, a principal causa da queda em casa é a baixa súbita pressão arterial ao levantar da cama responsável por 22% dos tombos. Vem em seguida da dificuldade de enxergar objetos que possam ocasionar escorregões (19%), do enfraquecimento de ossos e músculos (18%), o uso de calçados inadequados (14%), de obstáculos no caminho dentro de casa, como tapetes mal colocados (14%) e o uso de remédio provoca algumas vertigens e também afeta o equilíbrio.

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Caos e amor no Lar dos Idosos Maria do Carmo

Foto: Bruna Torres e Helen Thaíla (Lar dos Idosos Maria do Carmo)

Há onze anos dando assistência e bem-estar para o público da terceira idade, o Lar dos Idosos Maria do Carmo, localizado no centro de Paulista abriga 41 idosos que muitas vezes são abandonados pela própria família e alguns possuem, até mesmo problemas psiquiátricos. Com pouco apoio, o asilo vive em situações precárias relacionados não só a estrutura, mas também em questão de limpeza, o local e o mal cheiro para quem está de passagem não causa  uma boa primeira impressão, porém, os idosos que vivem no lar não reclamam das situações e se sentem bem sabendo que ali são realmente aceitos.
De acordo com a fundadora e presidente do asilo, Maria do Carmo, eles contam apenas com a ajuda do Sistema Único de Saúde - SUS, de onde ganham os remédios para tratar dos idosos e também recebem apoio da sociedade que ajudam através de doações de alimentos. Ainda segundo Maria do Carmo, o Lar possui treze cuidadores, incluindo um médico da Prefeitura de Paulista além de enfermeiros da própria casa.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, Maria do Carmo diz se sentir muito feliz em poder cuidar de seus pacientes. “Dou e continuarei dando sempre muito carinho e amor para todos eles e recebo o mesmo em troca, isso é o que me deixa muito contente e o que me faz esquecer de todos os problemas”, diz a fundadora.
A aposentada , Laura Souza, 67 anos, conta que por ser rejeitada pela família, ela mesma decidiu procurar pelo Lar dos Idosos Maria do Carmo. “Agora eu me sinto bem melhor, minha família me maltratava muito, me deixava sozinha sempre que íamos a algum local. Às vezes eu passava mal e ninguém me socorria, por isso chegou uma hora que eu não aguentei mais e resolvi sair de casa, como eu já conhecia o Lar dos Idosos eu resolvi ficar de vez por aqui, pelo menos agora tenho com quem conversar e recebo muitos cuidados”, enfatiza. 
Ainda, Laura fala que mesmo não recebendo carinho de sua família, sente falta dos seus filhos. “Eles nunca vêm aqui me visitar, passou natal, ano novo e nem sinal deles, acho que vai chegar o dia de eu partir e nem vou vê-los. Só queria que eles tivessem um pouco de sentimento e se colocassem no meu lugar, pois eles têm filhos e um dia irão envelhecer, não é fácil para uma mãe ficar muito tempo longe dos filhos”, conta a aposentada.
Já o aposentado, Antônio Alves, 71 anos, diz que morava com sua única filha e que ela decidiu levá-lo para o asilo. “Ela dizia que eu dava muito trabalho, que tinha que fazer minha comida diferente, que tinha que comprar meus remédios, me dar banho, mas tudo que ela comprava era usando o meu dinheiro da minha aposentaria. Eu gosto daqui porque ninguém reclama que tem que cuidar de mim”, explicou.
Diferente de Laura, o aposentado conta que em algumas datas comemorativas recebe visita da sua filha, mas ele ainda se sente triste por ter sido colocado fora de casa pela sua própria filha. “Eu às vezes fico me lembrando das coisas ruins que ela me falava, e fico muito sentido, sem conseguir dormi. Sei que é dá um trabalho muito grande, mas nunca faria isso com meus pais, eu sempre cuidei deles até o dia em que eles morreram”, disse Antônio
Assista o vídeo abaixo.